Estratégias de hedge no mercado brasileiro de gado bovino - doi: 10.5102/un.gti.v2i1.1304
Resumo
Este estudo teve como tema o hedge com derivativos no mercado brasileiro de gado bovino, com o objetivo de definir critérios administrativos de elaboração de estratégias de hedge para o pequeno produtor brasileiro. O estudo explora o tema sob um enfoque administrativo e, visto que este enfoque é pouco presente na literatura acadêmica sobre o assunto, possui natureza exploratória e abordagem qualitativa. A coleta de dados, em um primeiro momento, consistiu de levantamento bibliográfico sobre derivativos, hedge e mercado de capitais. Em um segundo momento, foram feitas entrevistas semiestruturadas com agentes de corretoras brasileiras que atuam no mercado de derivativos, a fim de buscar conhecimento do mercado agropecuário de capitais brasileiro. Finalizadas estas etapas, procedeu-se com a análise integral das informações levantadas. Administrativamente, foi possível configurar o hedging em três fases distintas, cada uma caracterizada por uma série de critérios que determinam a elaboração da estratégia de hedge e condicionam o seu sucesso. Estas fases são: preparação, que consiste na capacitação do pequeno produtor nas áreas de conhecimento necessárias e estabelecimento de parcerias; implementação, que consiste na determinação de valores e elaboração da estratégia de hedge; e acompanhamento, que consiste na verificação periódica da eficácia do hedge e aplicação de eventuais medidas corretivas. Verificou-se que as principais estratégias de hedge indicadas ao pequeno produtor agropecuário são short position em contratos futuros, ou long put em opções, entretanto observou-se que o mercado de futuros é mais recomendado, pois possui menor custo e é mais transparente e líquido, enquanto o de opções é dominado, do lado dos compradores, por poucos participantes, grandes e organizados, que possuem forte influência na formação dos preços no mercado real e manipulam indiretamente a formação dos preços das opções. Contudo, percebeu-se que a maior barreira à participação do pequeno produtor no mercado de derivativos é o próprio conhecimento administrativo-financeiro da sua atividade e das ferramentas de hedge, fazendo necessária uma profissionalização administrativa da atividade agropecuária, para que haja condições de execução eficaz e eficiente do hedge.
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Texto CompletoDOI: https://doi.org/10.5102/un.gti.v2i1.1304
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