A Hipótese Colonial, um diálogo com Michel Foucault: a Modernidade e o Atlântico Negro no centro do debate sobre Racismo e Sistema Penal

Pedro Argolo, Evandro Piza Duarte, Marcos Vinicius Lustosa Queiroz

Resumo


O presente texto, ao refletir sobre os limites das narrativas tradicionais e críticas sobre a história do controle social e de seus saberes, debate uma questão: de que modo o controle social numa determinada época estaria vinculado à raça e, especificamente, como ele produziria uma discriminação dos “negros”?Para responder a essa questão se propõe um diálogo com os conceitos de “vida nua” de Giorgio Agamben e o de “dispositivo” de Michel Foucault, revisitando as ideias da “hipótese colonial” na explicação da violência das formas de controle social, especialmente na constituição do racismo.A construção da análise sobre a raça, a partir do conceito de “dispositivo”, lança uma alternativa à oposição entre as noções de racismo como prática e como episteme. Ao mesmo tempo dá-se visibilidade na construção do biopoder às práticas e disputas em outras margens da Modernidade. A violência da Conquista passa a ser vista como práxis constitutiva, muito antes do surgimento do signo “raça”. No mesmo passo, a disputa no Atlântico Negro, pelo controle das Cidades Negras e das ressignificações políticas e culturais da Diáspora Africana, adquirem uma dimensão estratégica para refletir sobre o surgimento das práticas penais.

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DOI: https://doi.org/10.5102/unijus.v27i2.4196

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ISSN 1519-9045 (impresso) - ISSN 1982-8268 (on-line) - e-mail: carolina.abreu@uniceub.br

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