Saninha: mulher adúltera na Belle Époque

Elis Regina Torres Pereira

Resumo


Ana Emília Ribeiro (1876-1951) responsabilizada pela sociedade brasileira pelo homicídio de seu esposo Euclides da Cunha, viveu como julgada e condenada, talvez por não ter se subjugado ao imaginário de mulher do projeto político dos primeiros anos da República Brasileira. Em sua trajetória, Saninha, como Ana Emília era conhecida, nos serve de exemplo para refletir sobre as duras penas sofridas por uma mulher que desrespeitasse as imposições da sociedade na Belle Époque carioca. Na luta pelo que acreditava ser o melhor para sua vida esta mulher foi rejeitada, exilada, exposta em sua intimidade publicamente por toda alta sociedade do período. Traída e abandonada por aquele a quem dedicou o seu grande amor, morreu solitária sem nunca ter se defendido publicamente.

Palavras-chave


Sociedade. Mulher. Projeto político. Positivismo. Esposa. Adultério. Honra. Homicídio.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pade.v2i1.1137

ISSN 1980-8887 (on-line) - e-mail: joelmarodriguess@gmail.com

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