AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO SOLO LATERÍTICO DE BRASÍLIA MISTURADO COM A FRAÇÃO FINA DE PNEU DE BORRACHA
Resumo
O descarte de pneus inservíveis constitui um problema ambiental de grandes proporções, estima-se que a cada dia são descartados no Brasil ao redor de 2,0 milhões de pneus. Na maioria das vezes os pneus não são descartados de forma apropriada, gerando graves problemas ambientais devido que é um material polimérico de difícil decomposição. Devido à importância e crescente aumento da utilização de técnicas alternativas que permitam a reciclagem de materiais que demoram muitos anos em decompor, que preservem o meio ambiente e permitam um melhoramento das propriedades mecânicas do solo, foi desenvolvida a presente pesquisa com intuito de avaliar as mudanças do comportamento mecânico do solo laterítico de Brasília, misturado com uma porcentagem de borracha de pneu reciclado. A metodologia da pesquisa foi dividida em seis etapas principais: caracterização dos materiais, determinação do teor ótimo de borracha, ensaios de compactação, ensaios de resistência ao cisalhamento, ensaios de permeabilidade e ensaios de Índice de Suporte de Califórnia (ISC). Os ensaios que avaliaram as mudanças das propriedades mecânicas foram realizados sob corpos de prova compactados, na energia de compactação Proctor modificada. Os ensaios foram realizados para o solo em seu estado natural e com adição de 3% de borracha de pneu reciclada em relação à massa do solo seco. Dos resultados obtidos na pesquisa foi possível determinar que o melhoramento de solo com borracha, gerou um aumento significativo no ângulo de atrito e no coeficiente de permeabilidade. A presença da borracha como material para o melhoramento de solos, além de alterar algumas propriedades mecânicas do solo, permitirá reduções significativas na massa do material de preenchimento de estruturas de arrimo, permitindo construir aterros mais leves e dando um uso sustentável a um material de difícil decomposição.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2015.5386
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