A CRIMINALIDADE JUVENIL E A RELAÇÃO ENTRE RISCO E CULTURA
Resumo
Importante assunto hodiernamente, a interação entre os jovens e o universo das subculturas criminais chama a atenção e atrai o foco de debates. Buscou-se, neste trabalho, uma maior compreensão entre as relações dos jovens em conflito com a lei, que se encontram dentro do aparato estatal de ressocialização, e a subcultura na qual estão inseridos, bem como os reflexos eventualmente causados no próprio jovem e no coletivo, no contexto do Distrito Federal. O principal objetivo desta pesquisa foi compreender como os fatores de risco se relacionam com as diferentes subculturas das quais os jovens fazem parte. Para isso utilizou-se, principalmente, do aporte etnográfico. O método etnográfico possibilitou aos pesquisadores, através da inserção no campo, compreender melhor a confluência entre a sua observação e a visão do nativo. Diversas vezes, foram norteados pelos aspectos simbólicos que trazem uma explicação das relações dos jovens e dos fatores que se desenvolvem em uma subcultura. Como resultado, observou-se que há uma estrita conexão entre as subculturas das quais os jovens fazem parte e os fatores de risco que compõem uma dimensão simbólica, que acabam por influenciar a criminalidade juvenil. Deve-se levar em consideração que os fatores de risco aqui tratados não são vistos como sendo determinantes para a criminalidade juvenil em si, mas um tanto quanto influentes. A partir do momento em que esses fatores de risco são somados à determinadas subculturas, há uma possibilidade de que este jovem entre em conflito com a lei. Portanto, há a necessidade de compreender o liame da relação entre fatores de risco e subculturas, no contexto do Distrito Federal, e se as características subculturais contribuem para determinados comportamentos delitivos, que vão de encontro à norma legal. Abre-se, pois, um campo de novas indagações sobre como lidar com tais fatores e com determinadas subculturas, buscando-se assim medidas eficazes de pacificação e de redução da criminalidade juvenil
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2015.5412
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