PERCEPÇÃO DA MORTE POR CÂNCER INFANTIL SEGUNDO PROFISSIONAIS, FAMILIARES E CRIANÇAS
Resumo
A palavra “câncer” carrega um conjunto de significados. Um desses significados é a morte que por consequência acarreta inseguranças, medos, ansiedades entre outros sentimentos gerados durante o tratamento. Este estudo teve como objetivos identificar a percepção de morte no câncer infantil, reconhecer os impactos gerados pelo diagnóstico na família e conhecer um pouco sobre o trabalho interdisciplinar dos profissionais da saúde. Participaram do estudo seis mães de crianças em tratamento oncológico pediátrico e duas profissionais. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas, com os cuidadores e profissionais. Foram perceptíveis algumas mudanças vivenciadas pelas mães a partir do tratamento: alterações nos relacionamentos com os filhos (as) depois do diagnóstico; importância da espiritualidade no processo e estabelecimento de relações sociais com outras mães. As crianças, por sua vez, sentem a mudança de rotina, as perdas de seu contexto sociais antes frequentados, identificam as mudanças do seu corpo e as questionam, sabem que estão doentes, mas não em termos científicos, e criam fantasias para entender a situação em que estão. A interdisciplinaridade é fundamental para o melhor acolhimento e também para a saúde dos profissionais. O ofício nesse âmbito profissional se mostrou um trabalho de busca constante de estabelecimentos de vínculos com os pacientes e alguns cuidadores, sendo o vínculo muito importante para uma boa relação entre Profissionais-Familiares-Pacientes. O estudo promoveu um melhor entendimento das relações profissionais-pacientes-familiares e de como essas relações se repercutem de um agente a outro, promovendo uma desconstrução de crenças e desenvolvendo novas percepções e esperanças sobre o tratamento
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2015.5439
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