Avaliação sérica e psicológica em dependentenes de cocaína/crack em resposta à suplementação de ÔMEGAS 3, 6 e 9
Resumo
Esse estudo tem como objetivo avaliar a melhora cognitiva e de parâmetros séricos em dependentes químicos submetidos a uma suplementação de ômegas 3, 6 e 9 em internação de 90 dias em centros de reabilitação para drogadição. A população do estudo é de pacientes entre 18 e 40 anos com diagnóstico presuntivo de abuso ou dependência de cocaína/crack e que deram entrada voluntariamente em comunidades terapêuticas destinadas ao tratamento de dependência química com previsão mínima de 90 dias de tratamento. A partir da avaliação de exames séricos de triglicerídios (TGs) e da proteína-C reativa (PCR) e da evolução em testes neuropsicológicos Trilhas A e B (TMT) e dígitos (Digit Span- DS), dividimos e comparamos dois grupos dos pacientes recém-internados: um grupo de intervenção (n = 7), ao qual um leite rico em ômegas foi ingerido pelos 90 dias, e um grupo controle (n = 8), que ingeriu o mesmo leite sem essa suplementação, durante o mesmo tempo. A comparação dos testes psicológicos evidenciou, em média, melhora maior do grupo da intervenção em relação ao controle nos testes de Trilhas A e B, com redução significativa do tempo de realização, indicando melhora na velocidade de atenção concentrada e alternada e na velocidade de processamento cognitivo. No teste de dígitos, não houve melhora significativa em nenhum dos grupos. Quanto aos exames séricos, a PCR elevou-se discretamente no grupo de intervenção, com redução significativa no grupo controle. Houve pequeno aumento também dos TGs no grupo da intervenção, enquanto o grupo placebo apresentou pequena redução desse lipídio. Os resultados sugerem que a suplementação dos ômegas 3, 6 e 9 pode ser uma alternativa segura e viável para o tratamento de usuários de cocaína/crack após interrupção do uso da droga para melhora cognitiva e redução de indicadores inflamatórios, como a proteína-C reativa. A suplementação pode estar associada ao aumento de triglicerídeos nesses pacientes
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6350
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