Perfil epidemiológico da nefrolitíase na faixa etária pediátrica no Distrito Federal
Resumo
A nefrolitíase na faixa etária pediátrica é uma condição incomum, variando sua prevalência
de 0,1% a 5%. Apesar disso, nas últimas décadas, notou-se um aumento da sua incidência,
com consequente associação de componentes ambientais e nutricionais à nefrolitíase, além
dos fatores de risco já conhecidos previamente, como os genéticos e os anatômicos. Dessa
forma, tem-se como objetivo no presente trabalho descrever a epidemiologia de crianças e
de adolescentes portadores de nefrolitíase, entre 0 e 18 anos, atendidos no serviço de
urologia e de nefrologia pediátrica do Hospital da Criança de Brasília, no período de 2018 a
2021. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, em que foi realizada coleta de dados
secundários oriundos de prontuários eletrônicos, através de uma ficha de extração,
elaborada pelos pesquisadores. As informações obtidas foram introduzidas e analisadas de
forma descritiva, na qual foram calculadas médias, valores mínimos e máximos, proporções
e presença de dados omissos. Foram analisados 135 prontuários no total, havendo maior
incidência de litíase no sexo masculino, com idade entre 6-11 anos, com história familiar
positiva para nefrolitíase, com clínica de dor abdominal/lombar, com cálculos de até 5mm,
unilaterais direitos e submetidos à ultrassonografia de abdome como exame diagnóstico.
Quanto às alterações metabólicas, destaca-se a maior prevalência quando comparada aos
adultos e a importância de acompanhamento com urologia e nefrologia, visando mitigar as
consequências de tais alterações, como a nefrolitíase e suas repercussões. Por fim, é
importante salientar que o estudo foi prejudicado por conta da pandemia da COVID-19, que
ocasionou o cancelamento de cirurgias eletivas e consultas médicas no HCB por um período
considerável de tempo, durante grande parte do ano de 2020.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8318
Apontamentos
- Não há apontamentos.