Subjetividade, psicoterapia e relações conjugais: desafios atuais e futuros da terapia de casais em um contexto de pandemia
Resumo
Levando em consideração términos de relacionamentos e separações, o objetivo deste trabalho foi compreender de que maneira o momento pandêmico vivido em decorrência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) impactou as relações conjugais e como essa situação foi trabalhada pelo psicólogo no espaço psicoterapêutico. Considerou-se nesse estudo o referencial teórico da Teoria da Subjetividade e a Epistemologia Qualitativa, de Fernando González Rey. Os processos metodológicos desta pesquisa seguiram o método construtivo-interpretativo, sendo utilizada a dinâmica conversacional como instrumento. Os resultados e a conclusão apontam para a ideia de que apesar de todos os desafios quanto à problemática das relações conjugais durante a pandemia, esse momento não provocou grandes mudanças no que diz respeito ao olhar do psicólogo quando do atendimento de casais no contexto psicoterapêutico. Apesar das dificuldades pelo momento vivido, a concepção inicial de que a pandemia havia sido algo ruim para os casamentos na verdade se apresentou como uma oportunidade para os casais de reconfigurar o casamento. Sob o ponto de vista do psicoterapeuta e não do casal, nada mudou, pois com pandemia ou sem ela, os problemas na relação e a forma de trabalhar com as demandas dos casais seguiram inalteradas, ainda que uma maior emocionalidade nos desentendimentos e na convivência tenha sido relatada pelos casais. É válido citar, ainda, outra reflexão que este trabalho permitiu, inclusive para debates futuros sobre o tema - a importância do amadurecimento da relação e dos indivíduos que a constituem, pois é a partir desse amadurecimento e de um diálogo franco e constante que a saúde de um casamento pode ser restaurada e mantida
Palavras-chave
subjetividade; psicoterapia; relações conjugais
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8905
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