Impacto do perfil acadêmico/biossocial e fenômenos de saúde na qualidade de vida de acadêmicos de medicina
Resumo
A graduação de medicina apresenta características peculiares que podem impactar na saúde
mental e física do aluno, levando-os ao estresse, baixa qualidade de sono, sintomas
depressivos, com impacto direto ou indireto sobre a qualidade de vida. Sendo assim, é
importante que se compreenda quais os fatores acadêmicos e biossociais e que fenômenos
de saúde estão associados à qualidade de vida dos alunos para medidas efetivas de manejo e
prevenção. Por isso, analisou-se o impacto do perfil acadêmico e biossocial e fenômenos de
saúde (estresse, Sintomas Depressivos e Qualidade do Sono) sobre a qualidade de vida de
acadêmicos de medicina em uma instituição privada de ensino. Trata-se de uma pesquisa
transversal, analítica e de abordagem quantitativa, cuja coleta de dados ocorreu por meio de
instrumentos de validade entre novembro e dezembro de 2022 junto com discentes do curso
de medicina de uma instituição de ensino superior privada do Distrito Federal. Verificou-se
que maiores níveis de estresse e escores mais altos de sintomas depressivos implicam em
uma menor qualidade de vida. Ademais, não realizar atividades de lazer, possuir uma
despesa mensal mais alta (> 10 salários-mínimos), utilizar fármacos ou substâncias para inibir
o sono, e fazer uso de bebidas alcoólicas resultam também em uma menor qualidade de vida
entre os discentes. Todavia, a maior duração do sono diário e não utilizar fármacos para
dormir resultam em maior qualidade de vida. Conclui-se que algumas características
acadêmicas e sociodemográficas da formação em medicina, bem como os níveis de estresse
e sintomas depressivos impactam positiva ou negativamente na qualidade de vida dos
acadêmicos.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2022.9580
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