O Brasil diante da guerra da Ucrânia: neutralidade, autonomia e equidistância pragmática
Resumo
A presente pesquisa visa examinar a postura do Brasil em relação ao conflito na Ucrânia, explorando conceitos históricos da política externa brasileira. A introdução posiciona o estudo dentro do contexto dos debates sobre a política externa, destacando a importância da neutralidade, autonomia e equidistância pragmática para o contexto. Na seção inicial, discute-se acerca do campo de estudos históricos da política externa do Brasil. São abordados o conceito de autonomia periférica e a prática da equidistância pragmática, que têm sido características marcantes da diplomacia brasileira em questões internacionais, desde a Segunda Guerra Mundial. Por conseguinte, contextualiza-se o conflito dentro das dinâmicas internacionais do pós-Guerra Fria, com destaque para eventos como a assinatura do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), a anexação da Crimeia pela Rússia, e a subsequente invasão da Ucrânia. Tal parte verifica as respostas do Brasil a esses eventos e como o país posicionou-se diplomaticamente. Por fim, o artigo investiga a política externa brasileira durante o fenômeno da guerra, com especial atenção ao governo Lula em 2023. A análise crítica examina a coerência da diplomacia brasileira em manter uma postura de neutralidade e equidistância pragmática, apesar das pressões internacionais. Surge, como premissa de governança, o princípio da autonomia pela diversificação, que coloca a diplomacia de Lula em um papel de protagonismo no sistema internacional, por meio da busca de maior participação na criação das regras da governança global que, juntamente com a ênfase da temática social no âmbito interno, formula o princípio da não-indiferença. Exemplo deste, descrito ao final da pesquisa, mostra-se com o caso do G-20 da paz.
Palavras-chave
diplomacia; política externa; relações internacionais.
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2023.9972
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