Responsabilização por crimes contra o patrimônio cultural: a importância do tipo penal do crime internacional

Alice Lopes Fabris

Resumen


A proteção internacional de bens culturais está bem estabelecida pelo Direito Internacional. Convenções internacionais amplamente ratificadas reconheceram a destruição do patrimônio cultural como um crime de guerra e, em alguns casos, jurisdições reconheceram esta destruição como parte de um crime contra a humanidade. Apesar da tipificação, essas destruições continuam a ocorrer nos conflitos contemporâneos. Além disso, vários indivíduos e Estados autores de destruições não são responsabilizados por seus atos. Este artigo tem como objetivo discutir os pontos fortes e fracos das diferentes possibilidades de responsabilização dos autores de crimes contra o patrimônio cultural. Será analisada a resposta trazida pelos tribunais penais internacionais ad hoc, assim como o Tribunal Penal Internacional e jurisdições híbridas, bem como a forma como a lei nacional tipifica esse crime. Juntamente com a análise das principais jurisdições internacionais que lidaram ou deveriam ter lidado com crimes contra o patrimônio cultural - como o TPI, o TPII e as ECCC –, para a realização desta análise foram consultadas as leis de quase 100 Estados que lidam com crimes contra o patrimônio cultural para entender as vantagens e desvantagens de ambas as opções para levar à justiça os autores pela destruição do patrimônio cultural.

Palabras clave


Direito internacional penal; Crimes contra o patrimônio cultural; Jurisdições internacionais e híbridas.

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DOI: https://doi.org/10.5102/rdi.v21i1.9192

ISSN 2236-997X (impresso) - ISSN 2237-1036 (on-line)

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