Duas Décadas de Consolidação da Paz: as Críticas ao Modelo das Nações Unidas 10.5102/uri.v11i2.2621

Teresa Almeida Cravo

Resumo


Definida como a nova prioridade da ONU em 1992, a consolidação da paz procurou responder ao desafio de um número crescente de guerras civis particularmente violentas e tornou-se, desde então, numa das mais visíveis e exigentes áreas de atuação da organização. O empenho na promoção ativa da resolução desses conflitos foi, no entanto, revelando graves debilidades e não impediu evidentes fracassos. Nestas duas décadas, o chamado paradigma da paz liberal tem vindo a sofrer críticas contundentes e é atualmente alvo de um ceticismo generalizado. Este artigo explora algumas dessas críticas apontadas ao modelo vigente, argumentando que, apesar de certas alterações ao conceito e prática da consolidação da paz, os problemas mais acutilantes estão ainda por resolver, e as mudanças até agora introduzidas não chegam a pôr em causa os pressupostos culturais e ideológicos, assim como os interesses práticos do Norte Global, que subjazem à promoção da paz na periferia.

Palavras-chave


consolidação da paz, ONU, paz liberal, críticas

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DOI: https://doi.org/10.5102/uri.v11i2.2621

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ISSN 1807-2135 (impresso) - ISSN 1982-0720 (on-line) - e-mail: universitas.rel@uniceub.br

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