Linguagens imbricadas: São Bernardo, romance e fita - doi: 10.5102/univhum.v6i1.855

Nelcy Martins Mir

Resumo


Este artigo traz um importante enfoque da interpretação textual, tendo em vista que trabalha a relação entre a literatura e o cinema pelo viés do processo intersemiótico e da teoria da narrativa. Tem, como corpus, o romance São Bernardo de Graciliano Ramos (1934) e o filme homônimo, dirigido por Leon Hirszman (1973). Ressalta-se neste artigo que a linguagem literária e fílmica se interpenetram de tal forma que os subterrâneos preponderantes no romance se manifestam com a mesma intensidade dramática no filme. O romance vai para a tela e dá vida ao personagem, ao espaço, aos sentimentos, tornando a história mais próxima das linguagens verbal e visual, ambas provocadoras da catarse. Há aqui uma forte relação entre a escrita linear e fragmentária do romancista, e a direção de Leon Hirszman, que busca transformar o texto escrito em arte cênica, revelando expressões fisionômicas, gestos e emoções, antes apenas imaginados pelo leitor.

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DOI: https://doi.org/10.5102/univhum.v6i1.855

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ISSN 1984-9419 (impresso) - ISSN 2175-7488 (on-line)

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