PROJETOS PEDAGÓGICOS PROMOTORES DA IGUALDADE DE GÊNERO EM ESCOLAS DO DISTRITO FEDERAL
Resumo
Apesar da discussão de gênero e sexualidade ser um tema previsto nas disciplinas do ensino fundamental, conforme previsto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, a violência de gênero e contra a população LGBT ainda persiste nas escolas brasileiras. No entanto, apesar das críticas à formação carente dos/as professores/as frente à essa temática, sabe-se que esforços têm sido feitos por educadores/as que buscam promover a igualdade entre homens e mulheres em suas salas de aula. Buscando valorizar ações bem sucedidas de promoção à igualdade de gênero, entrevistaram-se, individualmente, seis professores/as de escolas públicas do Distrito Federal que trabalham ou trabalhavam à época da pesquisa com projetos pedagógicos promotores da igualdade de gênero. Os/as participantes foram selecionados/as via rede social do pesquisador. Após a transcrição das entrevistas, elaboraram-se quatro categorias analíticas, a saber: 1) diretrizes legais que pautam os projetos, 2) receptividade e efetivação dos projetos, 3) impacto dos projetos nas escolas e 4) perfil dos professores e inspiração para os projetos. Notou-se que não há clareza nos marcos legais que pautam os projetos, se por um lado, eles são justificados, por outro há um prejuízo em sua efetivação. Com a exceção de um deles, os projetos não se efetivaram nas escolas e permaneceram ligados ao/à professor/a, mesmo estando no Projeto Político Pedagógico das escolas. Inclusive, alguns que foram premiados as escolas não consideraram como algo que devesse ter continuidade. A maioria dos agentes escolares mostrava-se duvidosa sobre a necessidade dos projetos e muitos desmereciam tais esforços, já os/as alunos/as demonstraram engajamento com as atividades propostas. Os projetos em sua maioria eram realizados por professores/as jovens, com formação acadêmica nas áreas humanas e sociais, atuantes em escolas de periferia e que já presenciaram cenas de violência contra as mulheres ou jovens LGBT nas escolas
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2015.5442
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