O QUE PENSAM OS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS SOBRE A APRENDIZAGEM? UM ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO INOVADORAS
Resumo
Esta pesquisa resulta de uma investigação sobre estratégias de ensino inovadoras de professores de uma universidade privada. As estratégias de ensino inovadoras são compreendidas como recursos produzidos e/ou implementados para um determinado contexto educacional, visando à aprendizagem do discente. Este conhecimento foi produzido inspirado na Teoria da Subjetividade na perspectiva Cultural-histórica de González Rey, pela ênfase na subjetividade humana como sendo uma produção histórica e singular, constituída pela unidade do simbólico-emocional e entrelaçada nos sistemas culturais e sociais. O objetivo foi investigar o impacto e os desdobramentos de práticas educativas inovadoras de professores universitários sobre a aprendizagem de estudantes do ensino superior. Utilizamos o Método Construtivo-interpretativo de González Rey, que se inspira na Epistemologia Qualitativa de González Rey e que traz como elementos centrais: o conhecimento como uma produção humana; a legitimação do singular; e, o processo de comunicação dialógico. Os instrumentos utilizados foram: a dinâmica conversacional, por viabilizar um processo comunicacional dialógico; instrumentos escritos, por serem vias que possibilitam a expressão da subjetividade dos participantes da pesquisa; e a observação sistemática, que propicia conhecer as práticas e as relações vivenciadas no contexto educacional. Os participantes da pesquisa foram oito estudantes universitários e dois professores de ensino superior que utilizam estratégias de ensino inovadoras, reconhecidas por seus pares e alunos. Para efeitos conclusivos, foi possível considerar que, as estratégias pedagógicas inovadoras contribuem para aprendizagem dos estudantes, principalmente pela variabilidade na apresentação do mesmo conteúdo. Em relação ao processo de aprendizagem, os alunos se mantiveram nas estratégias cognitivas, focando apenas na memorização dos conteúdos. Sobre a produção de vínculos e o processo de comunicação dialógico, identificou-se que foram aspectos que se esbarraram na subjetividade social dominante da educação privada, que foca na manutenção de um modelo clientelista e, assim, pouco favorece a aproximação afetiva e comunicação dialógica entre as pessoas
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n2.2016.5565
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