ANÁLISE DAS FUNÇÕES MICCIONAL, EVACUATÓRIA E SEXUAL EM TRANSSEXUAIS SUBMETIDOS Á CIRURGIA DE NEOCOLPOVULVOPLASTIA

Karine Lima Damaceno, Monique Azevedo

Resumo


A transexualidade refere-se a indivíduos que nascem com características oposta ao sexo biológico, onde o mesmo se encontra apto para decidir alterar sua anatomia pélvica. O processo de transgenitalização no Brasil, teve seu início em 1910 por Edgerton onde abordava somente técnicas a serem utilizadas, em 1975 Roberto Farina realizou as primeiras cirurgias, obtendo bons resultados. Somente em 2002 o Conselho Federal de Medicina autorizou a realização da cirurgia em hospitais sejam eles públicos ou privados, já que antes da aprovação as cirurgias eram realizadas apenas em universidades a título de estudo. É de vital importância o indivíduo passar por um processo minucioso de dois anos antes da cirurgia, já que esta é irreversível. O processo para a mudança é lento e progressivo, podendo ser realizado a partir dos dezesseis anos. Com isso o indivíduo passa por um “período teste” de dois anos até o ato cirúrgico, sendo acompanhado por um grupo interdisciplinar de profissionais, além de viver e vestir-se neste período de acordo com sua suposta identidade de gênero. No presente estudo são abordados conceitos da anatomia pélvica e as possíveis correlações com disfunções pélvicas que pode vir a ser ocasionada devido a cirurgia, já que é um processo onde se altera toda a estrutura, dando aos órgãos e músculos funções que não a de origem biológica do indivíduo. Para isso é necessário analisar as funções miccional, evacuatória e sexual daqueles indivíduos que realizaram a cirurgia, afim de obterem resultados, que se diagnosticados precocemente, podem ser tratados através da fisioterapia uroginecológica e assim obter resultados satisfatórios de melhora da disfunção ocasionada devido ao processo de transgenitalização. Trata-se de um estudo transversal qualitativo, que será realizado através de questionário, em indivíduos que tenham realizado a cirurgia, sendo excluídos aqueles que não tenham realizado a cirurgia ou que não queiram participar. Assim sendo, as possíveis disfunções serão analisadas por meio de questionário, entretanto busca-se participantes aptos para ter um resultado, a fim de enriquecer o estudo e concluir corroborando com outros estudos na área, para que então futuramente haja melhores resultados de tratamento após a cirurgia de neocolpovulvoplastia e mais favorável para tratamento destes indivíduos


Palavras-chave


Fisioterapia. Neocolpovulvoplastia. Transexuais.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n2.2016.5576

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