O IMPACTO DAS ILHAS DE CALOR NA ESCALA GREGÁRIA DE BRASÍLIA COM ÊNFASE NA VEGETAÇÃO URBANA

Débora Crystine Bardales da Cruz, Ingrid de Araújo Freitas, Gustavo Cantuária

Resumo


As árvores são essenciais para a qualidade de vida e a importância delas, ganham cada vez mais espaço na pauta das cidades, além de ter influência na sustentabilidade econômica, social e ambiental das cidades. Suas vantagens são muitas, contribuem para o conforto visual e ambiental, ajudam a reduzir a poluição do ar e sonora, criando ambientes mais verdes e mais agradáveis, também podem ajudar na economia: produzem sombra, bloqueiam ventos e reduzem as temperaturas através da evaporação da água das folhas (transpiração e arrefecimento). É notável que durante o verão, é reduzida a necessidade de condicionamento de ar e durante o inverno, a sombra deixa com que o ambiente fique mais álgido. Tem o seu papel fundamental na redução do efeito das ilhas de calor em centros urbanos. A pesquisa em questão busca trazer os dados de como está sendo considerada a arborização urbana na cidade de Brasília, de como as árvores compõem o cenário urbano. Levando em consideração que as vegetações podem estar não apenas plantadas nas calçadas da cidade, mas inclui também praças, parques, canteiros e demais logradouros públicos, e além dos jardins privados. A cidade de Brasília apresenta clima tropical de altitude, portanto, temos um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é cerca de 21°C, podendo chegar a até 30°C no mês de setembro e aos 12°C nas madrugadas de inverno de julho, com épocas de seca, característico do Cerrado brasileiro. Apontar espécies arbóreas capazes de qualificar a paisagem e amenizar o microclima urbano torna-se importante. Neste trabalho foi avaliado encontrar uma possível melhoria em relação a sensação de conforto térmico alcançada com a amenização da radiação solar caracterizada pelas diferenças
apresentadas nas temperaturas superficiais de ruas e calçadas sob influência de árvores adultas das espécies mais utilizadas na arborização da área central da cidade. Para tanto foram feitas medições com um termômetro e um medidor de CO² sobre a sombra e o entorno próximo nas calçadas. Os resultados indicaram a dimensão, em relação ao conforto térmico, que uma espécie apresenta perante outras e possibilitou uma projeção da amenização do calor no recinto urbano, o que pode contribuir na tomada de decisões de planejamento e desenho paisagístico da cidade. Além disso, a pesquisa e medições feitas no Setor Comercial Sul, Setor Hoteleiro Sul e Eixo Monumental apontam a falta de vegetação e a baixa eficácia da vegetação existente, pois, se encontram em áreas mais isoladas, não oferecendo sombreamento aos pedestres, não dissipando o calor, ocasionando temperaturas elevadas nas áreas durante o dia e não sendo suficientes para criar um microclima fresco e úmido, ou seja, quanto menor a quantidade de vegetação nas áreas urbanas pesquisadas, menor o índice de supressão dos raios solares, maior a retenção de calor pelos prédios e asfalto, aumentando a temperatura média nestas regiões, criando assim as ilhas de calor


Palavras-chave


Ilhas de calor. Vegetação urbana. Conforto ambiental. Sustentabilidade. Arborização

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5810

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