O cinema como espaço para representações de gênero, classe e raça
Resumo
Segundo pesquisas, as mulheres negras são maioria no trabalho doméstico brasileiro. Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que mais de 7 milhões de pessoas no Brasil vivem dessa profissão, o que reflete a desigualdade social do país. Dados também mostram que pessoas negras e LGBT são presença minoritária nos filmes norte-americanos e nacionais; quando contemplados, com frequência podem reforçar preconceitos e desigualdade quanto à identidade individual ou coletiva desses grupos e seus integrantes. Esta pesquisa discute as representações de gênero, classe e raça nos cinemas brasileiro e norte-americano. O conceito de masculinidade tóxica (MAGHFIROH, 2017) é estudado a partir dos filmes Madame Satã (Karim Aïnouz, 2002) e Moonlight: sob a luz do luar (Barry Jenkins, 2016), a fim de compreender a representação do homossexual negro e marginalizado. Nos filmes norte-americano Histórias Cruzadas (The help, Tate Taylor, 2011) e brasileiro Que Horas Ela Volta? (2015, Anna Muylaert), verificamos as representações sociais das relações entre patroa branca e empregada negra, a partir de reflexões teóricas sobre gênero, raça, classe e sexualidade (LOURO, 2004; RODRIGUES, 2011; BUTLER, 2003; DAVIS, 2016). A metodologia utilizada para a realização da pesquisa foi a análise fílmica. Os filmes apresentam elementos para o debate e questionamento de concepções que envolvem esses grupos
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6356
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