Estudo da eficácia do uso da eletroneuromiografia como guia para aplicação de toxina botulínica
Resumo
A distonia cervical é caracterizada por contrações musculares involuntárias,
envolvendo as regiões da cabeça, pescoço e ombros. Trata-se da distonia focal mais comum,
e sua prevalência é maior em mulheres com pico na quinta década de vida, mas pode afetar
qualquer idade. O tratamento é essencialmente sintomático, a fim de aliviar as contrações
musculares e dores. Atualmente o tratamento padrão ouro é a aplicação da toxina botulínica.
A injeção da toxina é realizada a partir da avaliação anatômica. Contudo, devido a falta de
precisão da técnica anatômica os pacientes podem apresentar alguns efeitos adversos como
disfagia, fraqueza no pescoço, disartria, disfonia, dificuldade respiratória. A fim de aprimorar
os resultados , foram desenvolvidas técnicas guiadas para essa aplicação como o uso da
eletromiografia (EMG) ou ultrassonografia para melhorar a localização exata do músculo
durante a aplicação da toxina, a fim de diminuir os efeitos adversos. Esse estudo teve como
objetivo comparar o resultado da aplicação da toxina botulínica na distonia cervical por
aplicação guiada por EMG versus a técnica da palpação anatômica. Os pacientes (n=7) foram
submetidos escala Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS),
posteriormente receberam a aplicação guiada pelo EMG e foram reavaliados após duas
semanas com a mesma escala e seus resultados subtraídos levando a diferença gerada pelo
tratamento utilizado . Os resultados foram expostos por meio de tabela e gráficos e então
comparados com os encontrados na literatura que utilizaram a mesma escala de avaliação.
Foi concluído que a aplicação da toxina botulínica se mostrou como tratamento eficaz para
melhorar a qualidade de vida desses pacientes, porém de forma muito semelhante quando
por aplicação anatômica ou guiada com uso da EMG.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8286
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