Sepse neonatal precoce: perfil clínico e epidemiológico dos pacientes incluídos em um protocolo de sepse neonatal
Resumo
A sepse neonatal é responsável por elevado índice de morbimortalidade em recém-nascidos, sendo de fundamental importância o estabelecimento de um diagnóstico precoce. O diagnóstico de sepse neonatal é difícil, uma vez que os recém-nascidos apresentam um quadro clínico inespecífico e atualmente o padrão-ouro para a sua confirmação é a hemocultura. O tratamento, na maior parte dos casos, é iniciado com antibioticoterapia empírica, recurso terapêutico que se não for utilizado de forma racional pode trazer potenciais malefícios aos neonatos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o benefício do uso precoce de antibioticoterapia em recém-nascidos termo e pré-termo com diagnóstico presumido de sepse neonatal precoce e que não foram confirmados com hemocultura positiva em uma UTI Neonatal do Distrito Federal. Para tanto, foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa e qualitativa de dados obtidos por meio de pesquisa em 433 prontuários de neonatos no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020 de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do DF, inseridos no protocolo de sepse neonatal da unidade. Nesse estudo, evidenciou-se uma importante tendência na redução do tempo do uso da antibioticoterapia empírica sem ocasionar prejuízo ao paciente, contribuindo assim para a redução de possíveis danos inerentes ao uso de antimicrobianos em recém-nascidos. Além disso, observou-se uma predominância de neonatos prematuros e com baixo peso ao nascer, corroborando com dados bem estabelecidos em literatura que apontam a relevância desses fatores para o risco de se desenvolver sepse neonatal precoce.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8331
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