Tecnologias de informação e subjetividade: desafios para a sociedade contemporânea

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo investigar e analisar efeitos subjetivos que o uso das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) possam vir a exercer sobre a constituição da subjetividade e a saúde de sujeitos contemporâneos. Utilizou-se uma metodologia qualitativa. O método de investigação foi o construtivo-interpretativo, da Epistemologia Qualitativa, proposto por González Rey. Realizaram-se duas dinâmicas conversacionais, com dois cidadãos do Distrito Federal, ambos usuários ativos das TICs. As informações construídas durante as dinâmicas conversacionais foram submetidas à análise do pesquisador que, a partir de pontes entre o teórico, o empírico e sua própria subjetividade, chegou a alguns resultados: a) conteúdos superficiais disseminados nas redes sociais têm produzido subjetividades superficiais; b) muitas pessoas estão desenvolvendo dependência das TICs, o que tem afetado seriamente sua saúde física, psíquica e social; c) a subjetividade social da escola não tem formado bem os/as alunos/as. Consequência: pessoas mal formadas tendem a cuidar mal de si mesmas e, entre outras coisas, fazer um mau uso das TICs, emitindo opiniões sem embasamento, espalhando fakenews, distribuindo hatings, etc.; d) mais importante que as tecnologias em si é o ser humano que as utiliza. Assim como qualquer outra ferramenta, elas podem ser usadas tanto para benefício como para prejuízo próprio, dos outros e do mundo. Por isso, pode ser que pessoas com melhor formação as utilizem para se desenvolver, evoluir, trabalhar, ensinar, inspirar os outros, etc. Assim sendo, é imprescindível que, entre outros profissionais, os/as psicólogos/as estejam atentos/as a esta temática