Uso de modelo preditivo em pacientes diagnosticados com leishmaniose visceral canina na unidade de vigilância em zoonoses do Distrito Federal - DF

Fabio Zacheu Conti, Guilherme Augusto Alves Nascimento, Lucas Edel Donato

Resumo


O Brasil posiciona-se como o maior notificador de casos humanos infectados por
Leishmania spp. nas Américas. A leishmaniose visceral canina (LVC) permanece um desafio
constante na rotina de médicos veterinários, pela sintomatologia diversificada e complexa,
sendo seu diagnóstico instigante aos profissionais de saúde. As metodologias disponíveis na
identificação da infecção em cães são geralmente associações entre observação de sinais
clínicos, testes imunocromatográficos, imunoenzimáticos e parasitológicos. Obter uma
identificação ágil pode definir o prognóstico dos animais e atuação no controle zoonótico,
para tal torna-se importante a construção de modelos de predição baseados em exames
oportunos e viáveis em toda a disposição territorial do país, inclusive nas áreas mais
remotas. Alguns sintomas são frequentes na rotina clínica, porém os diagnósticos diferenciais
são numerosos. Alterações hepáticas e renais apresentam-se com o curso sistêmico da
doença, e dependem de análises laboratoriais para sua determinação.
Emagrecimento/caquexia, lesões ulcerativas, descamações, atrofia muscular, dermatites e
onicogrifoses são sintomas frequentes. Em modelos preditivos são dispostos escores a cada
sintoma, com verificação de sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e
negativos, gerados a partir de estatística da razão de chances entre a associação dos fatores
examinados. Essa técnica pode incluir ainda critérios laboratoriais como resultados de testes
rápidos, hematológicos e bioquímicos. O entendimento destes exames auxiliam ainda na
patogenia da doença, falhas de sistemas ou órgãos, sintomas e modificação em elementos
basais. A onicogrifose é citada em 40% a 63% dos animais sintomáticos, porém sua definição
comum é de crescimento exagerado das garras. No entanto, além do avanço superior a
1,9mm por semana, a curvatura demonstrou-se fator relevante em sua identificação. A
comparação com o desenvolvimento deste fenômeno em humanos, trouxe o
questionamento da interferência de concentrações séricas de cálcio e ferro. Outros achados
com relações importantes ao progresso anormal das garras são descamações e ulcerações
dérmicas. As técnicas de previsibilidade da doença verificadas apresentaram respostas
práticas aos resultados esperados das amostras analisadas, indicando, porém, a necessidade
de introdução de novas variáveis com compreensão avançada. Este trabalho considerou
bastante significativo os conhecimentos produzidos, e estimula o desenvolvimento de novos
estudos na construção de novos modelos


Palavras-chave


leishmaniose visceral canina; sintomatologia; onicogrifose; diagnóstico; modelo preditivo

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8994

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