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Gestão da higiene menstrual entre estudantes da capital brasileira e os fatores associados para o absenteísmo escolar

Letícia Seabra da Costa, Juliana de Medeiros Queiroz, Vanessa Alvarenga Pegoraro

Resumo


A má gestão da menstruação ou também intitulada como pobreza menstrual, atinge diversas
adolescentes em todo o mundo. Representa a falta de acesso a recursos/produtos
adequados, manejos ineficazes da higiene menstrual necessários durante o ciclo, falta de
infraestrutura adequada e falta de conhecimento e informação. Objetivou-se descrever o
estado atual do gerenciamento da higiene menstrual entre alunas de escolas públicas da
capital brasileira e examinou a associação entre conhecimento de higiene, instalações e
absenteísmo escolar durante o período menstrual. Trata-se de estudo de corte transversal,
descritivo, com abordagem quantitativa. O percentual de meninas que afirmam ter acesso a
produtos de higiene menstrual é preponderante (somente 1,20% afirmam não ter acesso a
produtos). Contudo, a frequência de 75,20% da amostra afirma não possuir disponibilidade
de absorvente gratuito na escola. Foi identificado que existe evidência de associação
estatística significativa com o absenteísmo escolar, evidenciando p-valor <0,05 (menor que
0,05) correlacionado a moradia com o pai, grau escolar, dificuldades financeiras, sentimentos
de fragilidade, vergonha, autoestima baixa e constrangimento. Conclui-se que o
conhecimento das alunas sobre a pobreza menstrual é mínimo e fatores como falta de
infraestrutura, acesso limitado a produtos de higiene e constrangimento devido à
menstruação contribuem para o absenteísmo escolar.


Palavras-chave


Menstruação; Educação em Saúde; Absenteísmo.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2022.9778

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