O Haiti e suas elites: o interminável diálogo de surdos 10.5102/uri.v10i2.2071
Resumo
O artigo analisa as raízes coloniais das relações de poder vigente no Haiti a partir de uma percepção acerca da constituição das elites coloniais, dentre as quais se insere o grupo de ex-escravos libertos haitianos que reproduziam as relações de poder, de escravidão e de privilégios do sistema de plantation, inclusive a racialização das relações de trabalho. Com a rebelião de 1791, este grupo perde poder e terras e se rearticular para a retomada do controle do Estado Haitiano, o que ocorre após o assassinato de Dessalines e a conseqüente fragmentação do Estado haitiano. O ponto central da análise incide na idéia de que as elites que controlaram o Haiti pós-colonial construíram a necessidade da dependência estrangeira que assola o país até os dias atuais, momento em que é alvo de uma intervenção armada aprovada sob a égide do Cap. VII da Carta das Nações Unidas.
Palavras-chave
elites haitianas, dependência estrangeira, racialização das relações de trabalho, intervenção.
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Texto CompletoDOI: https://doi.org/10.5102/uri.v10i2.2071
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